Pesca da Tainha, um atrativo na baixa temporada.



Florianópolis não se resume apenas às praias e belezas naturais. Também são atrações culturais o modo de falar do nativo, rápido e cantante, influencia dos colonizadores açorianos e a simplicidade de seus pescadores que em pleno século XXI ainda pescam artesanalmente. A pesca da Tainha é uma atração à parte. 

A partir do dia 15 de maio, placas são fixadas nas praias informando a proibição da prática do surf em virtude da chegada dos cardumes de tainha. Vinda da Lagoa dos Patos, no estado do Rio Grande do Sul, a tainha sai em busca de águas mais quentes para desovar. De acordo com os pescadores locais, o horário que a tainha chega à costa é por volta das 4 horas da manhã. É também neste horário que os chamados olheiros ou vigias sobem os costões da praia para observar a chegada e informar aos pescadores que aguardam na praia.


Os olheiros geralmente acenam e apontam com um pano o local exato do cardume que se caracteriza por uma grande mancha vermelha. Em média, sete homens aguardam na praia este sinal para colocarem a canoa no mar. Eles ainda esperam que o olheiro, através de apitos, informe a hora exata para iniciar a pesca. São três silvos, o primeiro é para preparar a embarcação, o segundo silvo é para colocar a canoa na água e finalmente o terceiro silvo lançar a rede.



Aguinaldo Garcia, pescador desde os 14 anos, nativo da ilha e morador na Praia dos Ingleses, diz que é possível retirar em um só lance mais de 120 mil tainhas. A história deste pescador é verídica, e os arquivos dos jornais locais provam que no ano de 1984 mais de 180 toneladas de tainhas foram pescadas aqui nos Ingleses. 

A temporada de pesca da tainha vai até o dia 15 de julho e quem visita Florianópolis nesta época tem o privilégio de observar e participar dessa pratica artesanal milenar e ainda voltar com muitas histórias de pescador para contar.




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