Rio festeja crescimento econômico



                Cidade já comemora impacto da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 na economia
O Rio de Janeiro deve receber 79 mil turistas para a Copa de 2014 e outros 196 mil para as Olimpíadas de 2016, de acordo com a Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro.


RIO DE JANEIRO, Brasil – Num intervalo de dois anos, o Brasil vai sediar dois dos maiores eventos esportivos do mundo: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. E o Rio de Janeiro, que deverá sediar o jogo final do mundial de futebol e será sede das Olimpíados, já está sentindo o impacto positivo nos setores de turismo e imobiliário.
O diretor executivo do Rio Convention & Visitors Bureau, Paulo Senise, acredita que o turismo irá aumentar 10% no Rio já em 2010, como resultado da promoção internacional da capital carioca após a cidade ter sido escolhida para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
“O ritmo do crescimento irá continuar nos próximos anos, o que vai estimular uma série de serviços, incluindo a oferta de voos diretos para o Rio e a extensão do setor hoteleiro”, diz Senise. “Haverá mais empregos, maior renda e estabilidade social, sem falar do reflexo no setor financeiro.”
Em 2008, mais de 1,5 milhão de turistas visitou o Rio, de acordo com dados da Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro. Os Estados Unidos concentraram o maior número de turistas, seguidos pela Argentina e França.
Apenas neste verão são esperados cerca de 2,5 milhões de visitantes, sendo 20% vindos do exterior. A expectativa da Secretaria de Turismo é que os turistas movimentem cerca de US$ 1,8 bilhão nesta temporada.
E a cidade deve arrecadar US$ 7,1 bilhões com os 79 mil turistas que são esperados para a Copa do Mundo de 2014. Mas o montante é pequeno se comparado aos US$ 17,8 bilhões que a secretaria estima devem ser gerados quando os 196 mil visitantes esperados chegarem à cidade para os Jogos Olímpicos, dois anos depois.
“Eu tenho confiança total no sucesso do projeto Olímpico no Rio, que será um destino ainda melhor em 2016, tanto para os cariocas quanto para os turistas que nos visitarem", diz o secretário de Turismo do Rio de Janeiro e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira.
A presidente da Embratur, Jeanine Pires, diz que o orçamento federal para a promoção das atrações turísticas do Brasil pode chegar a R$ 190 milhões em 2020.
O setor imobiliário também está em efervescência. Um estudo do Ministério dos Esportes revela que, entre os 55 setores da economia que irão se beneficiar mais com os dois principais eventos esportivos munidais, a construção civil lidera o time, com incremento estimado em 10,5%, seguida pelos serviços imobiliários e aluguéis (6,3%).
Os preços dos aluguéis nas áreas onde estarão localizadas as instalações olímpicas devem aumentar de 20% a 30%. Os preços dos imóveis nos bairros onde acontecerão as competições, tais como Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã e Copacabana, podem ver seus valores dobrarem, de acordo com o Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio).
Isto significa que o aluguel de um apartamento de um dormitório em Copacabana, que agora custa cerca de R$ 1 mil por mês, pode passar de R$ 1,3 mil. Um apartamento de dois dormitórios na Barra da Tijuca, atualmente cotado em cerca de R$ 309 mil, pode chegar a R$ 600 mil em breve.
“O Rio irá começar a atrair ainda mais investimentos, aumentando os negócios no âmbito do comércio e dos serviços imobiliários”, diz o presidente do Secovi Rio, Pedro Wähmann.
O mercado de hospedagens temporárias, em que os locatários pagam para usar uma casa ou apartamento somente durante o período do evento, também deve ter os preços em alta.
“Não podemos esquecer que a área do Pier, no centro, é objeto de grande expectativa, uma vez que a prefeitura está desenvolvendo um projeto de renovação e infraestrutura chamado de 'Porto Maravilha', com um orçamento de R$ 140 milhões, o qual, com certeza, irá valorizar muito aquela área”, diz o presidente da Associação Brasileira de Administradores de Imóveis (Abadi), Pedro Carsalade.

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