Filhotes nascem no Zoo do Parque

                 Diversas espécies que vivem no Beto Carrero World aproveitam a primavera para procriar
Tamanduá-bandeira cuida de seu filhote em área separada


A estação das flores chegou renovando o ar, as plantas e também a vida dentro do Beto Carrero World. Isso porque a primavera é a estação eleita, por grande parte dos animais, como época de procriação. Somente nos últimos dias, cerca de 10 filhotes de diferentes espécies nasceram no Zoológico do Parque, e mais nascimentos ainda estão a caminho.

O veterinário, José Daniel Fedullo, comenta que neste ano a equipe teve mais sucessos em relação aos nascimentos. Essa melhora significativa é resultado de cuidados extras no manejo com as espécies, alimentação balanceada, saúde perfeita e o conforto de cada animal dentro do recinto, evitando estresse.

Dentre todas as espécies que procriaram neste ano, uma das mais comemoradas foi o nascimento dos filhotes de cisne de pescoço preto. Depois de três anos de tentativas, nesta primavera dois casais conseguiram se reproduzir e chocaram quatro filhotes, de uma só vez. "No que se refere às aves, esta é uma das espécies de reprodução mais difícil em cativeiro. São animais muito delicados e só é possível conferir se são machos ou fêmeas depois de adultos", explica ele.

Como nasceram de casais diferentes, os filhotes foram separados com seus pais em áreas reservadas dentro do recinto. Com aproximadamente 6 e 4 semanas, eles ficam protegidos de predadores e de outros cisnes adultos, que podem atacar os filhotes, mesmo sendo da mesma espécie. Somente depois dos dois meses é que eles serão retirados do berçário.

No mesmo recinto, do outro lado do lago, foi construída mais uma maternidade. Esta para uma ave bem menor que o cisne de pescoço negro, mas bastante agressivo: o ganso do Havaí. Neste ano, um casal chocou dois ovos e nasceram dois filhotes, e estão com aproximadamente 4 semanas de vida. Como também podem sofrer ataques de outras aves, a família inteira foi separada.

"Esses gansos estavam praticamente extintos no Havaí, local de onde são naturais. Então, com o auxílio de zoológicos e projetos, se iniciou a reprodução em cativeiro e hoje a espécie já está bastante recuperada. Mesmo assim, ainda não é um animal muito comum", comenta Daniel. Assim como o cisne de pescoço preto, esta foi a primeira vez em três anos que as aves se reproduziram.

Mamíferos

O recinto das lhamas também ganhou um novo habitante nesta primavera. Apesar de serem animais de procriação mais fácil e frequente dentro de cativeiros, as lhamas também exigem cuidados. Neste ano, um filhote macho nasceu e está com aproximadamente quatro semanas e vive normalmente com seu grupo.

Porém, nem todos os mamíferos são assim. Conforme a bióloga Kátia Cassaro, em algumas espécies, a mãe e o filhote têm que ser separados do restante do grupo por um tempo. "Alguns animais de hábito solitário, como por exemplo o tamanduá-bandeira, não podem ficar juntos quando nasce um filhote. Isso porque na natureza, a mãe se isola para criar o filho. Portanto, aqui, fazemos uma área reservada e voltamos a inseri-los no recinto junto com os outros só depois de algum tempo".

Por isso, quem visita o Zoológico do Parque, percebe que o recinto destes tamanduás está dividido em duas partes. Em uma área fica a fêmea com o filhote, e na outra o restante dos animais.

Outra espécie que também vive dentro do Parque é o tamanduá-mirim. A Juju, que no ano passado deu a luz ao tamanduá Comiga, neste ano gerou um novo filhote, que tem cerca de 15 dias. Tão difíceis de se procriar quanto as aves, a fêmea de tamanduá gera somente um filhote por vez, que fica grudado em suas costas até um ano de idade. Ocasionalmente o filhote sai de perto da mãe, por pouco tempo, mas ganha a independência total somente depois de doze meses.

Para finalizar o berçário do Zoológico, duas fêmeas de audad, um animal natural do norte da África, também foram alojadas em um recinto especial. Um dos filhotes já nasceu e está com aproximadamente um mês de vida. Agora, a expectativa é o nascimento do próximo, que deve acontecer em breve.

"Elas já criaram no ano passado, se adaptam bem ao nosso clima e condições. Este cuidado, de retirar as fêmeas de perto dos machos, é para que elas não fiquem estressadas e possam cuidar dos filhotes com mais tranquilidade", finaliza Daniel.

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