Poderia dizer,- Como estamos nos sentindo, com entulhos turísticos.

Como jornalista tenho para com o leitor, respeito! Como cidadã entre meios comuns de vivências contesto, e não aceito tão facilmente coisas erradas, (o que é certo é certo, e o que é errado é, errado) e como viajante, sou uma avalista de olhar sagaz e apurado e, crítico, muito crítico. 

Não me entendam mal, vivo em um mundo onde a fantasia exagera por conta dos megas eventos e, megas projetos, são eles muitas vezes avassaladores no meio turístico e esmagador enquanto sociedade e meio ambiente.

A bandeira geradora de empregos que muitos pregam por aí, muitas vezes é disfarçada de ações samaritanas com pouco comprometimento as causas humanitárias locais. E que por de traz destes acordados e conveniados, somente uns poucos aliados do poder é quem ganhará.

Vejo no turismo certo abandonado, a farra dos eventos e a injeção de dinheiro público é, explícita, dificilmente viria enganar um profissional viajante que seja sério e honesto. Porque a realidade não condiz com as expectativas e a experiência vivenciada, - por trás dos muros, das igrejas, dos bairros estão a cara real da cidade e o seu povo, civilizações inteiras escondidas mascarando o feio do bonito, dividindo e distanciando a vida real da imagem que determina um lugar. É deprimente... “Como limpar a casa para o visitante e jogar a lixo para baixo do tapete”.

Os mundos das viagens favorecem este olhar apurado e não deveriam nos distanciar da identidade local e, sim preserva-la. Exatamente por ser diferente onde cria uma série de questionamentos, abrindo portas para a integração e ideias que fomente a diversidade étnico cultural, trazendo as pessoas... dignidade, valor e respeito.

Nas feiras de turismo... há alguns anos tenho participado e tenho escrito artigos e pequenos post em redes sociais, onde questionamos a quantidade e qualidade abusiva de material publicitário e entra também os meios de comunicação, a imprensa, - Até quando precisares de tanto papel. Se os meios tecnológicos juntamente estão aí para nos auxiliar na boa pesquisa e estão a frente ao tempo e espaço, - sem mencionar que livros é a fonte ideal, livros como fonte de interpretação, e imaginação.

Cansada de (Não Querer Material Publicitários) e de entrar em banheiros dos centros de eventos, hotéis e restaurantes e encontrar quantidades impressionantes descartadas e jogadas em qualquer lugar por pessoas que procuram brindes, - descartando o restante e que chamo a atenção para esta epidemia sem freios.

Vamos os números, saldo positivo para quem? Onde entra o resultado positivo das feiras de turismo? Estará na redução de materiais publicitários, estará na conscientização, estará no compromisso com a comunidade local, no meio ambiente ou, será relevante apenas o saldo positivo de participantes.Porque se for contar, certamente será alarmante.

Está na hora de mudar isso, se apropriar da tecnologia como um bem a humanidade, sem gerar poluição é, um dever de todos nós. Inovar e revolucionar as feiras de turismo com tecnologia acelerando as vendas, pois tratando-se de divulgação, hoje as pessoas comunicam-se em tempo real com aparelhos ultra modernos. Salas com Wi Fi, Internet veloz e sala de imprensa altamente equipada para jornalistas e trabalhar em tempo real é, fenômeno mundial. Isto é um apelo , um bem a todos nós do turismo.

Precisamos olhar o mundo em que vivemos com mais respeito, gerando a vontade a quem interessar, criando instrumento facilitador de interesse pelo turismo responsável, porque o turismo é, e será sempre feito por pessoas e lugares. 

"O desenvolvimento turístico deve pautar por "economizar os recursos naturais raros e preciosos, principalmente a água e a energia, e que venham a evitar, na medida do possível a produção de dejetos, deve ser privilegiado e encorajado pelas autoridades públicas nacionais, regionais e locais". (Artigo 3 Código de Ética - OMT).
A jornalista,- Mariza Ortiz Carvalho, é blogueira e gestora de turismo

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