Florianópolis,- conhecendo a história em volta da Praça XV de Novembro e sua Figueira centenária

Logo ali dentro da praça, na medida em que se vai aproximando.... Lá está ela... A majestosa figueira centenária.

Antigamente a praça era chamada de Largo da Matriz, Largo do Palácio e ou Praça Barão da Laguna. Em 1763 quando somente existiam três prédios, a capela, prédio do conselho (prefeitura) e o palácio do governo. O jardim da praça foi construído entre 1885 e 1887. O jardim Oliveira Bello, anteriormente chamado de Almirante Gonçalves, está localizado no centro da praça xv de novembro. Ali havia uma gruta artificial de alvenaria. Chamou-se Almirante Gonçalves em homenagem ao Almirante Jerônimo Gonçalves. Depois passou para jardim Oliveira Bello, em homenagem ao ex- presidente da província, Luiz Alves Leite de Oliveira Bello.

Esse jardim foi cercado por determinação do decreto n°066, de 08/04/1891 e inaugurado nesse mesmo ano, por Gustavo Richard, presidente da província de santa Catarina, em exercício, substituindo Lauro Muller.
Houve inclusive, o caso de uma certa senhora que foi convidada a se retirar do jardim, no dia da inauguração, por ter apanhado uma rosa.
No seu interior havia quatro construções. Pelo sul, defronte ao monumento do Coronel Fernando Machado, ficavam o Café Comercial e o Café Natal, pontos de encontros e de reuniões dos comerciantes e de políticos locais. Ao norte defronte a Catedral, encontrava-se um grande quiosque envidraçado, os vidros eram coloridos e importado da França.
Na praça não tinha coreto, havia simplesmente bancos moveis que eram colocados ao lado do monumento aos soldados heróis da Guerra do Paraguai. Esta área não era ajardinada.
O jardim permaneceu cercado, até que em 1912, o prefeito Henrique Pupp Jr. Mandou retirar as grades. Algumas delas estão no Asilo Irmão Joaquim, na Avenida Mouro Ramos e na Igreja São Francisco localizado na Rua Deodoro.
Há comentários de que o portão da Praça XV encontra-se na entrada do cemitério chamado São Francisco de Assim, no bairro Itacorubi.
Em 1946, o prefeito Coronel Pedro Lopes Vieira, na época construiu um prédio do atual Centro de Informações Turísticas da SETUR/PMF, que ainda permanece em estado próximo do original. Ali foi instalado inicialmente, o Café Gato Preto, de propriedade de Theodoro Constantopoulus.
Já na esquina da Rua Fernando Machado, isso fora do jardim, existia o Bar Rin Tin Tin, de propriedade do senhor Basílio (grego) e de sua esposa, dona Ana. Posteriormente, foi vendido para o senhor Euclides Thiago Pires, o conhecidíssimo “Quido” Fundador do bloco carnavalesco “Bororó” que depois mudou a razão social do bar, para Esportes.
Logo mais abaixo, onde está localizado o Banco Bradesco, havia um sobrado com o bar do Felinto Gualberto Ramos, no térreo, que funcionou até a década de setenta. Na parte superior desse bar, residia a viúva Camargo. Ao lado da farmácia Vitória, num sobrado ainda existente, ficava o café Java, de propriedade do português David Cândido Barro da Silva, seguindo para o norte, pelo famoso restaurante Estrela do Senhor Paulo Posito.

A Figueira
A figueira foi transplantada do alto da Catedral Nossa Senhora do Desterro, onde até hoje está marcado com pedrinhas de Petit Pave, na forma de uma circunferência. A figueira foi arrancada e removida, Sendo levada com carretas de boi e replantada  no jardim Oliveira Bello no núcleo central da praça no mês de março de 1891.
Na administração do prefeito Adalberto Tolentino de Carvalho, foi efetuada a primeira limpeza na figueira, há quase 50 anos, por interferências do Almirante Antão Álvares Barata, que consultou o referido prefeito para saber se poderia mandar aprendizes marinheiros para efetivarem o serviço. O prefeito agradeceu, confessando o descuido e apelou para o comandante da policia militar, o coronel João Alves Marinho, que designou o corpo de Bombeiros para a tarefa.
Hoje a Figueira encontra-se muito bem cuidada e elegantemente estende seus galhos escorados por muitas bengalas que circula e abraça a praça. Recebe milhares de olhares dos turistas que admirados por sua beleza, ainda brincam com sua lenda das três voltinhas.


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