Os moradores de Bariloche, maior centro de turismo de inverno da Argentina, saíram às ruas nesta segunda-feira para limpar a cidade das cinzas lançadas pela erupção do complexo vulcânico chileno Puyehue-Cordón Caulle, que ameaça seriamente a temporada turística na região.

Munidos de seus próprios utensílios de limpeza, mais de duas mil pessoas, segundo os números divulgados pela imprensa local, participaram da iniciativa, organizada por várias organizações sociais da cidade patagônica.

"Estamos colocando todas as energias, todo mundo está preparado para que isto funcione e os turistas venham", afirmou um morador à televisão local, ressaltando que a "convocação totalmente espontânea, sem traços políticas", foi possível graças à mobilização popular.

O ministro do Interior chileno, Rodrigo Hinzpeter, anunciou neste domingo que os quatro mil chilenos evacuados no início da erupção já podiam voltar para casa, uma vez que a atividade vulcânica estava finalmente diminuindo.

No entanto, apesar da melhora, a Defesa Civil de Bariloche decidiu manter o aeroporto da cidade fechado pelo menos até o dia 30 de junho.

A Associação de Hospedarias e Hotéis da cidade informou em comunicado que o setor turístico da região perdeu cerca de US$ 2 milhões desde que o complexo vulcânico entrou em erupção.

O comunicado adverte que, se a atividade vulcânica se prolongar além do mês de junho, as perdas em Bariloche, somadas às da vizinha Villa La Angostura, podem chegar a US$ 145 milhões.

A paradisíaca Villa La Angostura, situada a apenas 35 quilômetros do complexo vulcânico chileno, foi declarada zona de desastre na quinta-feira passada e 12 mil pessoas tiveram de abandonar a cidade desde então, de acordo com fontes oficiais.

O Governo argentino iniciou mecanismos de ajuda econômica e sanitária para as áreas afetadas pela atividade vulcânica.
Confira fotos de divulgação






Edição: Turismo daqui para o Mundo

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