Embratur trocará de comando


O segundo cargo mais importante da Embratur vai trocar de comando. Sai o advogado Paulo Guilherme e entra Kátia Bittencourt, assessora da Presidência da Embratur há mais de 5 anos


Hoje, a turismóloga Kátia Bittencourt passa a comandar a chefia de gabinete da Presidência da Embratur. Ela substituirá o advogado Paulo Guilherme de Araújo, que sai para cuidar de projetos pessoais. Na ausência do presidente, é o chefe de gabinete que responde pela Embratur.

Kátia Bittencourt é servidora da Embratur há mais de 20 anos, tendo atuado na elaboração do Plano Aquarela. Formada em Turismo e com pós-graduação em marketing, ela foi o nome escolhido pelo presidente Flávio Dino: “Kátia tem todas as qualidades profissionais que precisamos neste momento: profundo conhecimento do tema, a convivência diária de anos com a equipe da Embratur e uma dedicação ao trabalho que só os apaixonados pelo serviço público têm. Tenho certeza de que ela fará um grande trabalho, como Paulo Guilherme fez”.
À esquerda, Kátia Bittencourt, ao centro, Dino, e à direita, Paulo Araújo

Na entrevista abaixo, os dois falam sobre os projetos realizados em conjunto no último ano e dos planos para o próximo período.

Paulo, você está na Embratur desde a chegada do atual presidente, Flávio Dino, em junho de 2011. Qual balanço faz deste período?

A Embratur realiza há décadas um trabalho muito competente de promoção turística do Brasil no exterior, que é uma referência dentro do serviço público federal. Em 2011, o turismo brasileiro passou por grandes turbulências, mas o presidente Flávio Dino soube conduzir a Embratur com muita habilidade e inteligência.

Além disso, penso que foram feitos alguns ajustes finos nas ações da Embratur que estão, a médio prazo, dando maior efetividade à nossa política promocional. Um ajuste que considero importante foi o maior foco na América Latina. A maior parte do turismo mundial é intracontinental. Assim é na Europa, Ásia e Caribe. Aqui, no entanto, a América Latina não estava representando a maior parte dos estrangeiros que nos visitavam – mostrando que havia um grande potencial a crescer. O aumento geral do número de estrangeiros que vieram ao Brasil nos últimos anos, com aumento do percentual de latino americanos, acho que comprova o acerto dessa estratégia.

Outro ajuste fino que começamos a fazer é o de priorizar ações mais focadas, como roadshows e o Goal to Brasil – série de eventos pela qual Kátia Bittencourt foi responsável, obtendo grande sucesso.
O investimento em feiras não pode ser a única ferramenta de promoção do Brasil em um mundo que utiliza a internet e aplicativos digitais como meio de compra e divulgação de destinos turísticos.
A realização de eventos mais focados, com operadores de turismo nos nossos mercados prioritários, tem uma efetividade maior em conseguir passar a mensagem dos cooperados a quem realmente interessa.

Com tantos frutos colhidos, Paulo, por que deixar agora a Embratur?

Resolvi dedicar meu tempo a projetos profissionais e pessoais de grande importância para mim. Vou retomar minha atividade como advogado, com meu escritório no Rio de Janeiro e, principalmente, atuar na fundação do Centro Brasileiro sobre Crimes para Saúde, ONG que estou criando com o presidente Flávio Dino para orientar vítimas de erro médico. Além desse serviço, a entidade deverá promover debate sobre as causas estruturais que levam às falhas e monitorar a aplicação de recursos públicos na área de saúde. Temos organizações ambientais, de defesa do consumidor. Mas nada para defender o paciente dos abusos que são cometidos. Vou me dedicar a esse tema em nome da minha filha Sophia Mello de Araújo, de Marcelo Dino e de outros brasileiros que tenham morrido devido a erro médico.

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