Museu Evita: Trata-se da homenagem a Eva Perón

                                   Acervo mostra a trajetória da mulher mais famosa do país



Inaugurado em 2002, nos 50 anos da morte de Eva Perón, o Museu Evita, em Buenos Aires, homenageia a mulher mais importante da Argentina. A infância, a carreira artística e a vida política estão representadas no museu, instalado em um casarão do início do século 20. O prédio, um elegante sobrado no bairro de Palermo, era usado pela Fundação Eva Perón como hotel de trânsito para mulheres que pernoitavam na capital. Após o golpe de Estado que derrubou Perón em 1955, a propriedade virou um escritório do Ministério da Saúde.

Maria Eva Duarte, caçula de cinco irmãos, nasceu em Los Toldos. Aos 15 anos, foi para Buenos Aires, determinada a ser atriz. Em 1944, um terremoto atingiu a cidade de San Juan e Eva participou de um festival para angariar fundos para as vítimas. No evento, ela conheceu o então secretário do Trabalho e da Previdência, Juan Domingo Perón. No ano seguinte, os dois se casaram.

Com o marido na presidência, Evita criou a fundação que leva seu nome – sustentada por doações e impostos – e passou a lutar pela causa das mulheres e dos mais pobres. Isso a tornou muito popular entre as classes baixas, mas ao mesmo tempo criticada e desprezada pela elite, que reprovava o populismo do casal Perón.

1. Estrela em ascensão
Quando chegou a Buenos Aires, Evita entrou para a Companhia Argentina de Comédias e estreou no teatro em 1935. Nos anos seguintes, trabalhou também no cinema e no rádio. Teve alguns papéis de destaque e foi capa de revistas da época. Ao se casar, abandonou a carreira artística.

2. Razão de uma vida
O museu guarda o original do livro mais famoso sobre Eva Perón: A Razão de minha Vida. Lançado em 1951, é a autobiografia em que ela expõe suas convicções. Evita escreveu que se os realistas governaram por tanto tempo e o povo estava tão mal, seria bom dar uma oportunidade a idealistas como ela para mudar a história.

3. Mulher de classe
Freqüentemente, Eva Perón era vista com chapéus sofisticados. Consta que ela teria voltado de uma viagem à Europa com 130 malas cheias de mimos e jóias avaliadas em 20 milhões de dólares. Entre os estilistas preferidos estavam o argentino Paco Jamandreu e o francês Christian Dior.

4. Visita ao Brasil
Em junho de 1947, Perón, eleito presidente no ano anterior, fez uma viagem oficial de três meses ao lado de Evita. O casal rodou por Espanha, Itália, Portugal, França, Suíça, Mônaco, Uruguai e Brasil. Nos eventos, a primeira-dama sempre se apresentava com roupas feitas na Argentina, como este vestido de gala, usado no Rio de Janeiro.

5. Guarda-roupa lotado
Na mesma viagem, Evita renovou todo o guarda-roupa. Dizem que ela tinha mais de 900 pares de sapatos – como este, da marca Perugia, número 36. No museu, as peças são acompanhadas por fotos que mostram a ocasião em que foram usadas. Em 1950 a revista americana Life mostrou os armários de Evita repletos de casacos de pele, vestidos, sapatos e jóias.

6. Máquina feminina
Evita Perón foi uma primeira-dama muito ativa – chegou a trabalhar 18 horas por dia em sua fundação. A instituição criada por ela distribuía livros, peças de roupa, alimentos e máquinas de costura a mulheres que não tinham emprego e precisavam sustentar a família.

7. Despedida pública
Já muito doente, Eva Perón usou este casquete na posse do marido, Juan Domingo Perón, para o segundo mandato como presidente da Argentina. O evento, em 4 de junho de 1952, foi a última aparição pública de Evita, que morreria de câncer no útero um mês depois. Seu corpo foi seqüestrado e ficou desaparecido até 1971, quando se descobriu que estava enterrado na Itália sob um nome falso. Em 1974, foi devolvido para a Argentina.

8. Exército de enfermeiras
A Fundação Eva Perón, que funcionou entre 1948 e 1955, foi responsável, entre outras coisas, pela construção de escolas e hospitais. A Escola de Enfermeiras da instituição, inaugurada em 1950, formou mais de 5 mil mulheres entre 18 e 34 anos. Acreditava-se que as enfermeiras, que na escola aprendiam até a dirigir ambulância, poderiam resolver os problemas de saúde do país.

9. Carisma de artista
Evita encantava multidões, fazendo comícios que costumavam reunir milhares de pessoas. Este traje foi usado em março de 1952 durante um discurso para apresentar o plano agrário da Fundação Eva Perón, que ajudou pequenos produtores a aumentar os lucros.

10. Título inédito
Evita fez uma enorme campanha a favor do voto feminino na Argentina – tanto que o primeiro título eleitoral emitido para uma mulher foi o dela. Com a aprovação da lei, quase 4 milhões de mulheres foram às urnas pela primeira vez, em 1951. E ajudaram seu marido a ser reeleito.


Horario del Museo
martes a domingos de 11hs. a 19 hs.
Ingreso hasta 30´ antes del cierre.
Lunes  de todo el año, 1 de enero, 1 de mayo, 24, 25 y 31  de diciembre: cerrado

MUSEO EVITA

Lafinur 2988 | (C1425FAB) Buenos Aires, Argentina.
Tel./ Fax. +54 11 4807-0306 
info@museoevita.org  

Cómo llegar  

Subterráneo
: 
Línea D, estación Plaza Italia (por Av. Santa Fe)

Colectivos:
12, 29, 36, 39, 55, 68, 111, 152  (por Av. Santa Fe)
10, 15, 37, 41, 59, 60, 64, 93, 95, 108, 110, 118, 128, 141, 160 y 188  (por Av. Las Heras)


Está em Palermo, próximo ao Zoológico, e ao Jardim Japonês. Muito bom para conhecer a historia da Argentina e a importância da Evita. Pode fotografar, tem muitos artigos interessantes. Depois, almoce no Guidos Bar, é bem pertinho dali.


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