Uma experiência na Ilha de Urus - Lago Titicaca na América do Sul



Jornalista - Mariza Ortiz Carvalho na Ilha de Urus



Esta foto tirada no Lago Titicaca em 2002 na Ilha de Urus. Uma ilha artificial sob as águas. Uma ilha construída com uma espécie de junco, chamado “Totora”. Suas casas, suas aldeia, escolas e igreja assim como as embarcações, são todos eles, construídas da mesma forma, de “Totora”. Esta ilha de Urus está no Logo Titicaca, lago navegável mais alto do mundo, localizado á 3856 acima do nível do mar.

Suas margens e pequenas ilhas, Amantani e Taquile são a casa dos Aymaras e dos Quechuas, que fazem parte da antiga cultura dos ancestrais que viveram nesta região muito antes dos Incas. Os visitantes podem explorar as aldeias tradicionais, onde o idioma espanhol não é muito conhecido, e onde mitos e crenças são cultivados até os dias de hoje.

Nestas pequenas Ilhas os visitantes são muito bem recebidos e podem passear em uma das famosas Balsas de Totora.

O lago Titicaca está divido em dois países, de um lado Bolívia, do outro está Peru. Estou cercada de cultura e da beleza humana e do carinho do bem receber, da tribo indigna Urus. A riqueza deste momento é inesquecível.
Da experiência:
Nossa excursão nas Ilhas Flutuantes dos Uros começou pela manhã saindo da cidade de Puno e vamos para o Porto do Lago Titicaca, onde embarcamos em um barco com destino as Ilhas Flutuantes dos Uros. Para chegar à ilha vamos viajar de barco por 30 minutos, chegando à ilha vamos fazer um pequeno passeio para conhecer os habitantes, seus costumes e sua forma de vida.
Dizem que os Uros habitam estas ilhas por centenas de anos e chegaram aqui para se proteger da tribo Collas e dos incas que faziam ameaças às pessoas da região. Os homens da tribo de Uros souberam aproveitar á abundante cana de Totora que existia na ilha, juntou grandes quantidades da cana para formar as pequenas ilhas com plataformas.

Também foi utilizado o mesmo material para construir cabanas e embarcações criando desta maneira seu próprio mundo. Durante a visita conhecemos as famílias nativas, escolas, lojas e também passeamos em uma das embarcações conhecidas como Cavalinhos de Totora.
Totora: A principal matéria prima para os Uros é a Totora, uma espécie de junco que cresce nas margens do lago Titicaca. Eles usam a Totora para construir suas ilhas, suas casas, fazer seu artesanato e até na sua alimentação.

Além da Totora os Uros vivem da caça, da pesca e mais recentemente do turismo. Eles descobriram um estilo de vida que pode ser atraente para os “gringos” e descobriram também nesta atividade uma nova fonte de renda.Jovens que saíam das ilhas em busca de oportunidades agora estão de regresso para ajudar suas famílias. Muitos destes jovens já voltam formados e com ideias inovadoras. Hoje existe até um rústico hotel para quem deseja dormir flutuando no lago e descobrir melhor o estilo de vida deste povo.

Encontramos até uma igreja flutuante. É uma igreja Adventista e lá se congregam boa parte dos islenhos. Há também duas escolas. Cada ilha é divida em famílias ou grupo de famílias. As casas são móveis, o que facilita as mudanças em caso de briga entre vizinhos. Em alguns casos, as ilhas podem até ser divididas e ou separadas.

Na chegada há uma explanação onde explicam de que forma são fabricadas as ilhas e de forma bem didático. A base da Ilha é feita de blocos com raízes de Totora e depois coberta com ramos. Tem espessura média de 2 metros e podem durar até 15 anos. Por serem feitas de Totora exigem uma manutenção periódica. As casas também precisam renovar os pisos e tetos a cada dois meses.

Os Uros vivem de maneira bem simples. Entrei em algumas das casas a convite dos proprietários, as casas tem somente um cômodo e poucos bens. Devido o grande fluxo de turismo, alguns de seus hábitos vêm sendo influenciado e mudado.

Já existem casas construídas em madeira e alguns já possuem painéis solares, luz e até TV. Mesmo assim levam uma vida tranquila e em contato direto com a natureza.Demonstrando ser um povo saudáveis e alegres. O que lês aflige ainda as doenças do reumatismo, por conta da alta umidade que há no local. Um povo que procura estar atualizado e atento, porque o progresso e as especulações estão bem presente em seu cotidiano, sendo grande ameaça para a descaracterização de seus costumes.

Quando penso que por onde andei, não fiz quase nada! E o que poderia fazer se não o de educar turistas, para que se preservem o local, não toquem em nada e não arremessem lixo em qualquer lugar, assim como respeito que se deve ter em razão daquela região, daquela tribo.

Então repensei... Sim! Fiz por onde! Fiz com que o turismo fosse visto de outra forma, valorizando cada pedacinho de terra e, sua gente. Construindo uma ideia que valoriza um turismo de base responsável e sustentável.
Quando se vai a um lugar diferente; não se tira nada do lugar, a não ser fotografias. Não se toca em nada a não ser nas mãos para saudar. Sorri-se por ser cortês e por admiração pelo diferente por estar ali vivenciando uma cultura, uma identidade.
Está na hora de retornar para fotografar e ver como estão nosso amigos!
Crédito/Jorn. Mariza O. Carvalho







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